Jordânia diz ter realizado 56 ataques aéreos em três dias contra o EI
Bombardeio foi intensificado em reduto de militantes no nordeste da Síria.
Ataques são resposta a assassinato brutal de piloto jordaniano.
O chefe da força aérea da Jordânia disse neste domingo (8) que os aviões caça de seu país haviam realizado 56 ataques em três dias de bombardeio intensificado visando um reduto de militantes do Estado Islâmico no nordeste da Síria.
A Jordânia lançou os bombardeios contra posições do grupo jihadista na Síria e no Iraque na quinta-feira (5) em resposta ao assassinato brutal de um piloto jordaniano capturado, uma ação militar que continuou no sábado (7).
O general Mansur Al-Jobur afirmou que os ataques destruíram 20% da
capacidade militar do EI, embora não tenha especificado os locais.
"No primeiro dia de campanha para vingar o nosso piloto, destruímos 19
alvos, incluindo campos de treinamento e equipes", disse ele.
Outros 18 alvos, incluindo depósitos de combustível, de munições e
centros logísticos foram bombardeados na sexta-feira, e no sábado, as
forças jordanianas destruíram mais 19 alvos, incluindo quartéis e
centros residenciais.
"Até agora, a campanha já destruiu 20% da capacidade de combate", afirmou o general.
Na sexta-feira (6), após os primeiros ataques, o Estado Islâmico disse
que Kayla Jean Mueller, uma refém americana de 26 anos mantida pelo
grupo, tinha morrido em um dos bombardeios jordanianos.
O EI afirmou que a jovem morreu quando um avião da Jordânia atingiu o
edifício em que estava sendo mantida em Raqa, na Síria. Os Estados
Unidos não confirmaram a informação.
Piloto executado
O piloto jordaniano piloto Muath al-Kasaesbez, capturado em dezembro de
2014 após a queda de seu avião em um ataque da coalizão liderada pelos
EUA, foi morto pelo Estado Islâmico. Um vídeo divulgado pelo grupo mostra o piloto em uma jaula, sendo queimado vivo.
Após o anúncio da execução, a Jordânia executou uma prisioneira
iraquiana que estava no corredor da morte no país e cuja soltura era
exigida pelo grupo jihadista. Em seguida, iniciou os ataques aéreos.
A Jordânia afirmou que os ataques são apenas o início da "vingança"
pela execução de seu piloto, queimado vivo, e destacou que "erradicará" a
organização jihadista.
"A Jordânia perseguirá com todas as forças a organização onde quer que
esteja", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Naser Judeh.
"Qualquer membro do Daesh (acrônimo em árabe do EI) é um alvo. Nós os
perseguiremos e os erradicaremos (...) Estamos na primeira linha, é a
nossa batalha", completou o ministro.
Da Reuters
Post a Comment