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Afetado pela crise, comércio é o setor com o maior número de demissões em Alfenas


O cenário econômico do país tem provocado, inevitavelmente, a queda no consumo. E o resultado é o aumento do desemprego. Em Alfenas, o setor que mais afetado pelas demissões é o comércio. Foram mais de 1,5 mil demissões nos primeiros seis meses do ano.

De acordo com dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Emprego), banco de dados do Ministério do Trabalho, o comércio alfenense amargou, desde janeiro, 1.511 demissões contra 1.288 admissões. Essa diferença provocou um saldo negativo de 223 vagas desde janeiro até junho.


Nos próximos dias, o Ministério do Trabalho deve divulgar uma nova parcial, incluindo o mês de julho. E a perspectiva é que esse saldo negativo cresça ainda mais.


Em Alfenas, o comércio só perde para o setor de serviços em geração de emprego. Por isso, as vendas em baixa tem reflexo significativo no saldo de empregos da cidade.


Ao contrário do comércio, o setor de serviços fechou o primeiro semestre do ano com um saldo negativo de apenas seis vagas com carteira assinada. A significativa demissão em massa da empresa Cresça Brasil/Uol
, por exemplo, está enquadrada no setor de comércio com as vendas online – os funcionários são representados pelo Sindecom (Sindicato dos Empregados do Comércio de Varginha e Região).

Logo abaixo do comércio, a indústria foi o setor que mais impactou negativamente no saldo de empregos em Alfenas: 194 vagas formais a menos desde janeiro. Demissões e fechamento de empresas do setor de transformação
foram divulgadas pelo Alfenas Hoje no início de julho.

Apesar das demissões no comércio e na indústria, a agropecuária amorteceu o cenário negativo com a colheita de café, responsável por contratações temporárias no primeiro semestre
. O setor contratou 1.953 pessoas nos primeiros seis meses, acarretando num saldo positivo de 1.488 vagas com carteira assinada. O resultado, na economia local, foi de 1.023 vagas geradas de janeiro a junho.

Avaliação


Na avaliação do presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Alfenas), Francisco Rodrigues da Cunha Neto (Prof. Chico), a situação no comércio é resultado da crise econômica que o país atravessa e uma perspectiva de melhora depende da macroeconomia. Diz que, infelizmente, com a queda no faturamento e a necessidade de corte de despesas, os empresários acabam tendo a necessidade de enxugar a folha de pagamento.


Para o presidente da Acia, algumas datas comemorativas, onde normalmente há um aquecimento do setor (como Dia das Mães e dos Namorados), ficaram abaixo da expectativa. A perspectiva era que essas datas pudessem amenizar o impacto da crise, o que não aconteceu.


Por isso, a expectativa em relação ao Dia dos Pais não são tão animadoras. Segundo ele, os comerciantes estão se preparando com ofertas e estoques, mas numa realidade distante do que aconteceu em anos anteriores quando a economia estava aquecida.


A Acia, por exemplo, lançou uma campanha para estimular as vendas que antecedem o Dia dos Pais.
São sorteios e estímulo a decoração das lojas. Mas, apesar da estratégia, o presidente da entidade sabe que os consumidores estão menos propensos a gastar com presentes e os que podem presentear os pais tendem a estar “mais tímidos” num cenário de retração da economia.  

Por Alfenas Hoje 

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