Brasileiro executado na Indonésia chorou até a hora da morte
O brasileiro Marco Archer, executado na Indonésia em janeiro de 2015,
não teve acompanhamento de um padre e teve que ser arrastado de sua
cela chorando, pedindo ajuda, além de não ter recebido a extrema-unção.
As informações são do padre Charles Burrows, que deveria ter confortado o
brasileiro até o momento da execução.
"Ele chorou o tempo todo até os seus últimos
minutos", disse Burrows em entrevista ao "Fairfex Media". Segundo o
padre, os guardas foram muito educados, mas por causa de uma confusão
ele não teve permissão de acompanhar o Archer. "Normalmente, há um
momento em que um sacerdote espiritual vai para a frente para
consolá-los. Ninguém consolou Marco", relatou durante a entrevista.
Archer foi o primeiro brasileiro a ser sentenciado à
morte no exterior. Ele foi fuzilado em um campo aberto próximo à
penitenciária em Cilacap, na Ilha de Java, a 400 quilômetros de Jacarta.
Nenhum civil, nem mesmo familiares dos condenados, podem acompanhar a
execução.
O brasileiro foi preso em 2003 por portar cocaína.
Para retaliar às negativas do presidente da Indonésia, Joko Widodo, em
conceder clemência ao brasileiro Marco Archer, executado em janeiro por
tráfico de drogas, Dilma se recusou a receber as credenciais do
embaixador do país para começar a trabalhar no Brasil. Rodrigo Gularte,
outro brasileiro, está na fila do corredor da morte, também teria
motivado a atitude da presidente.
A recusa do governo brasileiro fez com que o
Ministério das Relações Exteriores da Indonésia chamasse, o embaixador
do Brasil em Jacarta, Paulo Soares, para entregar uma nota oficial de
protesto. As informações são do jornal O Globo.
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