Líder da guerra do tráfico em Valéria é morto em tiroteio; polícia suspeita de grupo rival
Apontado pela polícia como um dos líderes do tráfico na região de Valéria e Fazenda Coutos, Fabio Conceição de Brito, conhecido como Cebola, 26 anos, foi morto a tiros, na quarta-feira (25), nas proximidades do Residencial Lagoa da Paixão. O condomínio fica na entrada da localidade do Iraque, área controlada por Cebola, que disputava a venda de drogas com traficantes rivais no bairro vizinho de Valéria.
Cebola já foi condenado por 18 homicídios e possuía dois mandados de prisão contra ele, também por mortes ligadas à sua atuação como chefe do tráfico. O corpo de Cebola foi encontrado com marcas de ao menos 12 tiros, nos braços, pernas e tórax. A 400 metros, a polícia encontrou os corpos de Ubiraci Albana Nascimento e Caíque de Almeida, ambos de 19 anos, apontados como comparsas de Cebola.
A Polícia Civil informou que o Departamento de
Polícia Técnica encontrou no local indícios de que Ubiraci e Caíque
foram executados de joelhos — Ubiraci com marcas de 12 tiros e Caíque,
16. A polícia foi acionado por moradores pelo 190.
O
tenente-coronel Roberto Pinto, comandante da 31ª Companhia Independente
da Polícia Militar (Valéria), diz suspeitar que as mortes sejam mais um
capítulo da briga entre Cebola e o grupo comandado por Adílson Souza
Lima, o Roceirinho, que está preso desde 2012, mas controla, de dentro
do presídio de Serrinha, o tráfico em parte do bairro de Valéria.
“O levantamento das equipes indica que a ocorrência,
mais uma vez, foi ligada à guerra por espaço travada pelo grupo de
Roceirinho, que atua na Nova Brasília de Valéria, contra Cebola, que é
da facção Katiara e atua na área da Lagoa da Paixão”, disse Pinto.
“Cebola e Roceirinho têm um histórico antigo. Há
muito tempo, um tenta tomar a área do outro, e os integrantes das duas
facções brigam entre si”, afirmou o comandante. O crime será investigado
pela 3ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP).
Ontem, a assessoria de imprensa da Polícia Civil
informou não poder dar detalhes sobre a investigação. Cebola possui um
extenso histórico na Justiça. O traficante chegou a ficar preso em
regime fechado pela autoria confessa de 18 homicídios em Salvador e
Região Metropolitana.
Ele estava em prisão domiciliar desde março do ano
passado, depois de ter sido preso em abril de 2013, junto com cinco
integrantes da quadrilha que comandava, suspeitos de envolvimento em uma
chacina em Valéria, no dia 8 de março, que deixou cinco mortos.
Do Correio 24 Horas
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