Governo Federal prevê redução de 50% nas vagas de concursos
Passada a folia, é hora de tirar os planos do papel,
já que para muitos o ano só começa de verdade depois dos seis dias de
Carnaval. E, como as previsões para 2015 não são nada animadoras, é bom
acelerar os passos, principalmente quem sonha em ingressar no serviço
público.
Dados do Ministério do Planejamento, órgão
responsável pela autorização das seleções federais, revelam que o
governo vai apertar o cinto este ano. De acordo com o Projeto de Lei
Orçamentária Anual (Ploa 2015), o governo pode contratar até 24,8 mil
servidores federais por concurso público este ano para ocupar cargos que
já existem e estão vagos ou para substituir terceirizados. Esse número é
menos que a metade do estipulado para 2014 (50,4 mil).
Passada a folia, é hora de tirar os planos do papel,
já que para muitos o ano só começa de verdade depois dos seis dias de
Carnaval. E, como as previsões para 2015 não são nada animadoras, é bom
acelerar os passos, principalmente quem sonha em ingressar no serviço
público.
Dados do Ministério do Planejamento, órgão
responsável pela autorização das seleções federais, revelam que o
governo vai apertar o cinto este ano. De acordo com o Projeto de Lei
Orçamentária Anual (Ploa 2015), o governo pode contratar até 24,8 mil
servidores federais por concurso público este ano para ocupar cargos que
já existem e estão vagos ou para substituir terceirizados. Esse número é
menos que a metade do estipulado para 2014 (50,4 mil).
Mãe solteira, a secretária Cláudia Costa, 47 anos,
está preocupada. "Meu filho depende exclusivamente de mim. Não posso
pagar para ver", desabafa. Cláudia, que presta serviço como terceirizada
para uma secretaria estadual, já começou a se movimentar, estudando, em
média, quatro 4 horas por dia.
"Sei que a crise está feia para todo mundo, mas o
que não posso é pagar para ver. Optei em me apegar a uma coisa mais
concreta, que só depende de mim", justifica.
A maior concorrência não deve ser motivo para
desistir. A diretora executiva da Associação Nacional de Proteção e
Apoio aos Concursos (Anpac), Maria Thereza Sombra, declara que quase
todos os órgãos federais estão com deficiência de pessoal, alguns com
necessidade de ampliar o efetivo em 50%.
De acordo com ela, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, atua hoje com
um terço dos funcionários necessários.
"A Constituição de 1988 prevê a realização de
concurso público para ingressar no quadro de funcionários do governo.
Por pior que seja a crise, a máquina não pode parar. Não podemos
esquecer dos servidores que se aposentam todos os anos", destaca,
informando que as expectativas para este ano, no que diz respeito a
novos editais, ainda são as melhores.
Nomeação
Para
tentar reduzir o impacto, Maria Thereza acredita que o governo possa
reduzir o número de vagas em vez de não realizar o certame. "Outra coisa
que eles podem fazer é realizar o concurso, mas não nomear neste ano.
Só não há como fechar o serviço público. Contratar terceirizado é mais
caro do que contratar servidor, já que o salário não tem muitos
descontos", opina.
De acordo com o levantamento da Anpac, 64 órgãos
federais devem abrir 34 mil vagas este ano (veja
tabela abaixo). O
concurso da Receita Federal, com a oferta de três mil oportunidades para
analista tributário e auditor, merece destaque. "O orçamento ainda não
foi aprovado... Vamos aguardar", justifica ela.
Assim como a diretora executiva da Anpac, Charles
Peterson, conhecido por treinar concurseiros de todo o Brasil, não
acredita que o governo irá desrespeitar a Constituição, considerando que
sua imagem está cada vez mais frágil. Para ele, os candidatos não devem
tirar conclusões precipitadas, uma vez que o cenário político está
sempre em movimento.
"Se houver vontade política haverá muitos e muitos
concursos. Se não houver haverá poucos. Mas fato é que sempre haverá,
salvo ocorra um golpe de Estado". Ele garante que, até que se prove o
contrário, haverá sim concursos. "Na dúvida, é melhor estudar", opina
ele, acrescentando que quem mantiver o foco nos estudos sairá na frente
de muitos que irão estudar somente após divulgação do edital.
Oportunidade
O coach ressalta ainda que, tanto para o mercado dos concursos quanto para o empresarial, a disputa está cada vez maior. "A concorrência deve ser mais um estímulo para que o candidato se prepare com seriedade, persistência e paciência".
Para quem está disposto a entrar na briga por uma
vaga no serviço público, seja pela estabilidade profissional ou pelos
benefícios atrativos, a orientação de Peterson é concentrar nos estudos e
ficar atento às notícias e aos fatos. "O que passa disso serve para
aumentar a ansiedade e nada mais". Segundo ele, não há que se preocupar
com quantidade de vagas. "Há sim que se preocupar em estudar e fazer a
parte que cabe ao aluno. Estudar e estudar corretamente, com
planejamento e eficiência. O foco tem que ser nas soluções e não nos
problemas", finaliza.
Do Correio 24 Horas
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