Morte de jovem é filmada e mandantes do crime recebem vídeo em presídio
A
tortura e a morte do adolescente Gabriel Guimarães Silva, 15 anos, cujo
corpo foi achado em um saco de pano no município de Feira de Santana,
foram filmados pelos executores e os vídeos enviados
para os mandantes do crime, presos no presídio regional. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira (13), pelo delegado João Rodrigo Uzzum, que investiga o caso. Em um dos vídeos, o adolescente aparece sendo torturado por dois homens, enquanto um terceiro filma a ação. Os criminosos ordenam que a vítima não gritasse enquanto escrevem as letras “A” e “L” nas costas com uma faca. Num segundo vídeo, os torturadores aparecem cortando o pesçoço do adolescente.
para os mandantes do crime, presos no presídio regional. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira (13), pelo delegado João Rodrigo Uzzum, que investiga o caso. Em um dos vídeos, o adolescente aparece sendo torturado por dois homens, enquanto um terceiro filma a ação. Os criminosos ordenam que a vítima não gritasse enquanto escrevem as letras “A” e “L” nas costas com uma faca. Num segundo vídeo, os torturadores aparecem cortando o pesçoço do adolescente.
“A tortura foi filmada e eles [os executores] passaram os
vídeos pelo Whatsapp para os presos, dentro do presídio de Feira.
Filmaram e mandaram para os mandantes”, destacou o delegado O número de
suspeitos de envolvimento no crime cresceu de quatro para cinco pessoas,
de acordo com a polícia – dois mentores, que estão no presídio, e três
excutores, que já foram identificados e continuam foragidos.
O diretor
do Conjunto Penal de Feira de Santana, Clériston Leite, disse que
aguarda contato do delegado para tomar as providências. “Estou
aguardando ele acionar a gente. O delegado não se manifestou para gente
sobre os nomes dos possíveis mandantes. Sem
isso, não tem como a gente saber de quem se trata”, afirma. Sobre o uso
de celulares pelos detentos, o diretor informou que revistas são feitas
de forma rotineira para coibir a utilização dos aparelhos. “A gente faz
revistas rotineiramente.
Sempre que há alguma suspeita, a gente faz a
vistoria nas celas. Se o delegado se manifestar com algum nome, com
certeza vamos buscar os suspeitos”, afirmou. Os detentos que teriam
ordenado o crime não têm nomes divulgados para não atrapalhar as
investigações. O delegado disse apenas que os supostos mentores
intelectuais cumprem pena por tráfico de drogas e homicídios. “Os
executores estão sendo procurados. Eles devem estar escondidos em algum
lugar”, afirma Uzzum. De acordo com o delegado, o adolescente morto
tinha passagens por roubo e devia quantia em dinheiro a uma quadrilha.
Segundo a polícia, esse teria sido o motivo da ordem para matar o jovem.
“Ele estava devendo pelo menos R$ 3 mil pela compra de drogas e R$ 600
referentes a uma arma que pegou emprestado da quadrilha para praticar
crimes e que desapareceu”, destacou. O delegado informou que já ouviu
familiares do adolescente. “Eles disseram que sabiam que o adolescente
usava drogas, que não estudava, mas disseram não ter conhecimento da
prática de roubos.
No entanto, temos provas de que ele praticava
assaltos”, disse Uzzum, que espera concluir o inquérito nos próximos
dias. Os criminosos poderão ser homicídio qualificado por conta da
tortura e a pena vai 12 a 30 anos.
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