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Doze 'chefões' são presos com ajuda de aplicativo



Matadores ferrenhos e líderes natos. É assim que o delegado Jorge Figueiredo define os 12 chefes de quadrilhas que estão entre os 35 bandidos presos, até o último dia 3 de março, com o auxílio do Almanaque do Departamento de Homicídios e do Sistema de Informação para Proteção à Pessoa (SIPP).  "Todos eles são matadores ferrenhos e têm poder de liderança na comunidade. Esses são os piores, pois são líderes e executores", afirma o delegado, que idealizou o Almanaque e o aplicativo.


No grupo, estão bandidos como Luís Carlos Souza Santos, 28 anos, o Lulinha, apontado como líder da quadrilha que comanda o tráfico do Bate Coração, em Paripe. Segundo a polícia, ele ordenou a troca de tiros na qual o menino Mário Gabriel Sansão, na época com 1 ano e 8 meses, foi baleado, em novembro de 2014, na Cocisa.


Ele e mais cinco integrantes do bando foram presos no dia 6/1 após a foto de um passeio à Praia do Emissário, em Camaçari, cair no WhatsApp do aplicativo.  O bando é responsável por vários assassinatos na área.


Bruno Nascimento Hereda Biron, 23, o Galego,  tem mais de 10 assassinatos nas costas, segundo o delegado. Todos  relacionados ao tráfico. Ele é apontado como chefe de quadrilha no Alto do Saldanha, em Brotas, e tinha três mandados de prisão em aberto.


Já Idalvan dos Santos Conceição,  27, o Paquito, é o líder do tráfico no Planeta dos Macacos, em São Cristóvão, responsável por 10 homicídios. "As prisões representam um impacto na redução dos homicídios", disse o delegado.

Chacinas ordenadas


André Márcio de Jesus, 27, o Buiu, era o bandido mais procurado da polícia baiana, segundo a SSP. Isto porque, além de ordenar uma chacina que vitimou seis pessoas no distrito de Vera Cruz, em Porto Seguro, em 6 de setembro de 2014, ele é apontado como o responsável pelos incêndios a seis ônibus em dezembro de 2013, no bairro Baianão,  na mesma cidade.


Segundo a polícia, a chacina que resultou na morte de cinco pessoas em um terreiro de candomblé, em Marechal Rondon, em maio de 2014, teve como mentor intelectual Carlos Eduardo S. Sena, 32, o Índio. As vítimas foram baleadas e queimadas.

Com o auxílio do SIPP, a polícia chegou aos executores e identificou o mandante do massacre de 9 de agosto, na Rua Guiné, em Periperi, onde seis pessoas foram assassinadas a tiros e duas ficaram feridas.


O mandante, segundo a polícia, foi José Carlos Ferreira dos Santos, 34, cujo apelido também é Olho de Gato, que já cumpria pena no presídio de Lauro de Freitas por homicídio e tráfico. Ele foi preso por ordenar a chacina no dia 30/10/2014.

Evolução digital

Primeiro foi criado o Almanaque do DHPP, um material impresso com fotos e informações dos procurados do departamento. O Almanaque foi desenvolvido pelo delegado Jorge Figueredo e lançado em fevereiro do ano passado.

No entanto, diante da necessidade de ampliar a divulgação sem muito custo, Figueiredo criou um aplicativo para celular, o SIPP, lançado em maio. Além das informações sobre os homicidas do Almanaque, a ferramenta possui elementos que auxiliam na identificação de criminosos de outras modalidades e pessoas desaparecidas. Assim, é útil tanto para policiais civis quanto para militares.

O SIPP foi o segundo colocado entre os projetos participantes da 6ª edição do Prêmio de Boas Práticas, do Governo do Estado, realizado em novembro de 2014.

Do Jornal A Tarde

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