Não são apenas os policiais da UPP Alemão que tiveram de abandonar a
base avançada da Rua Canitar devido à ação de traficantes. Uma das bases
avançadas da UPP Parque Proletário, no vizinho Complexo na Penha,
também está vazia. Os PMs da unidade deixaram o contêiner com medo de
serem alvejados pelos criminosos. Atualmente buscam abrigo na rua. Na
sexta-feira, o EXTRA mostrou que policiais foram expulsos do contêiner
da Rua Canitar e agora se abrigam numa garagem.
Segundo os
policiais, a base do Parque Proletário é evitada por ser alvo fácil de
tiros. Próximo ao local, há marcas de disparos de fuzil em paredes e
postes. Já no Alemão, os policiais continuam abrigados numa garagem,
onde estão há pelo menos um mês. Eram sete na guarnição de serviço e não
havia viatura para eles, que voltaram a reclamar do limite imposto
pelos traficantes: há uma linha imaginária que delimita até onde os
militares pode ir. Caso a ultrapassem, os bandidos ameaçam matá-los

Na sexta-feira, o EXTRA mostrou que, pelo rádio, os criminosos avisavam:
“Não pode passar da faixa, senão está tudo brotado”, diziam, sobre o
limite para a circulação dos militares — “brotado” significa estar na
mira. No local, segundo os policiais, há duas barricadas feitas pelos
bandidos com pedaços de trilhos de trem, onde eles ficam armados com
pistolas e fuzis.
Diante das situações flagradas pelo EXTRA, o comandante-geral da PM informou ontem que haverá uma "reorganização" no projeto.
Em nota, o coronel Alberto Pinheiro Neto disse que as unidades “ainda
estão em aperfeiçoamento”: “As Unidades de Polícia Pacificadora estão em
processo de aperfeiçoamento. Há uma reorganização em curso para
avançarmos e garantirmos à população o objetivo de todos: a paz. Recuar,
jamais”.
Também em nota, a Secretaria de Segurança garantiu que
as UPPs “devolveram ao poder público áreas dominadas pelo narcotráfico
por décadas”: “Não haverá recuo diante dos feudos da violência, mas
avanços após o diagnóstico de dificuldades”.
Do Extra
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