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Número de demissões no 1º semestre bate recorde em Ribeirão Preto, SP

 

De janeiro a junho foram fechados 1.734 postos de trabalho, segundo Caged.
Pela primeira vez, saldo semestral é negativo; situação é a pior em 12 anos. 

O primeiro semestre de 2015 foi o pior dos últimos 12 anos para a geração de empregos em Ribeirão Preto (SP). Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram fechados 1.734 postos de trabalho de janeiro a junho deste ano. Na série histórica – que começa em 2011 – foi a primeira vez que o semestre fechou com saldo negativo.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, as demissões em Ribeirão Preto se concentram nos setores de comércio, indústria de transformação e construção civil.
Nos seis primeiros meses do ano, as lojas demitiram 1,6 mil empregados e os canteiros de obras fecharam o semestre com 96 vagas de trabalho a menos. Já as indústrias demitiram 241 funcionários.

No acumulado dos últimos 12 meses, são 4.070 vagas de trabalho a menos em Ribeirão Preto. Desde junho de 2014, foram contratadas 113.497 pessoas e demitidos 117.567 funcionários. Uma variação de 1,81% no período, segundo o Caged.

Motivos
 
Para o economista Alberto Matias, da Faculdade de Economia e Administração (FEA/USP), de Ribeirão Preto, a situação observada localmente reflete a retração da economia brasileira. “É realmente um dos piores cenários dos últimos anos e isso reflete diretamente na contratação e demissão de pessoas”, afirmou.

Segundo previsão mais recente do Banco Central, a economia deve sofrer uma contração de 1,7% neste ano. “É uma queda grande e no comércio como um todo a previsão é de taxa zero no crescimento em relação ao ano passado e em Ribeirão comércio e serviços são os segmentos de maior atividade”, disse Matias.

Além disso, o mau desempenho no setor e na construção civil se deve à queda do consumo geral. “Cai o consumo, a compra de imóveis e isso acaba gerando uma desregulação comercial e o movimento comercial daqui sofre ainda impacto de toda a região”, explicou.

Recuperação
 
Ainda segundo o economista, não há expctativa de recuperação na geração de empregos neste ano e em 2016 a situação deve se manter. "Após dois anos de um período de amargura é que as empresas vão começar a buscar novos caminhos, então a recuperação vai depender dos próprios setores e das empresas. Isso tambe´m vale para o comércio, porque é reflexo da renda gerada nos outros segmentos".

 

Do G1

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