Turquia bombardeia Estado Islâmico na Síria e prende 290 supostos terroristas
Até 35 terroristas foram mortos na operação; autoridades sírias afirmaram que os caças turcos não invadiram seu espaço aéreo
O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet
Davutoglu, anunciou nesta sexta-feira (24) que aviões do país
bombardearam e destruíram alvos do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na fronteira com a Síria.
De acordo com a imprensa local, ao menos três caças F-16 decolaram da
base aérea de Diarbaquir e dispararam mísseis contra alvos do EI no
vilarejo de Havar, na Síria.
Ancara ressaltou que
chegou a avisar o governo sírio sobre a incursão e que, desta forma, não
violou o espaço aéreo do país vizinho.
Simultaneamente
aos ataques, a polícia turca realizou mais de 290 prisões. Os detidos
seriam suspeitos de manterem relação com o EI ou com milícias curdas.
Uma mulher, ligada ao grupo de extrema esquerda turco DHKP-C, morreu em
confronto com os policiais.
A agência de notícias Dogan
disse que até 35 homens do EI foram mortos no ataque aéreo. A agência
não cita uma fonte para o relatório e não houve confirmação oficial. A
televisão estatal TRT afirmou que os caças turcos não violaram o espaço
aéreo sírio.
"O país está determinado a combater
todos os grupos terroristas, sem distinção", disse o governo, em um
comunicado publicado pela rede "Al Arabiya". O clima na Turquia acirrou
nos últimos dias, após um atentado na cidade de Suruc, na fronteira com a
Síria, deixar ao menos 30 mortos e 100 feridos na última segunda-feira
(20).
O PKK também matou um simpatizante do EI em Istambul e um
membro do Hezbollah curdo, os quais responderam com diversos assaltos
armados contra a sede do partido curdo HDP, aumentando a tensão sobre
uma possível guerra étnica.
Durante uma conversa por telefone na
quarta-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente
americano, Barack Obama, concordaram "em intensificar" sua cooperação
contra os jihadistas.
*Com AP, Ansa e BBC
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