De acordo com as informações iniciais da Polícia Militar, o corpo aparentava ter marcas de violência, inclusive sexual
Uma menina de nove anos foi encontrada morta, com sinais de
violência sexual e estrangulamento, na manhã desta segunda-feira no
bairro Boa Vista, em São Gabriel da Palha, Noroeste do Estado. O corpo
de Letícia Cristina Potratz foi localizado após uma denúncia por volta
de 8h30.
O acusado do crime é um tio da vítima, identificado como
Carlos Roberto da Silva, 22. Ele foi preso nesta segunda-feira, depois
de se apresentar à Polícia Militar, em São Domingos do Norte. Carlos foi
levado para a Delegacia de Barra de São Francisco, onde foi interrogado
pelo delegado Renan Alves dos Santos, e confessou o crime.
Segundo
o delegado, Carlos estaria de passagem pela casa de familiares de
Letícia. No sábado, ele foi a um churrasco na casa do avô da menina. Na
volta, a “oportunidade” de cometer o crime aconteceu: Letícia foi
deixada pela mãe na casa da tia dela, onde Carlos estava hospedado.
A
parente da menina resolveu sair de casa para ir a um forró e Carlos
ficou sozinho com Letícia. Usuário de drogas, o rapaz disse que cometeu o
crime entre meia-noite e 1h da madrugada de domingo. Depois disso, ele
fugiu do local.
Os parentes de Letícia estranharam o sumiço dela e
de Carlos e passaram a procurar pela menina. Eles denunciaram o
desaparecimento à PM, em São Gabriel da Palha, ainda no domingo.
O
acusado fugiu de bicicleta para São Domingos do Norte, indo para a casa
de outro parente, que não sabia sobre o crime cometido por ele, em São
Gabriel da Palha. A desconfiança começou, quando ele pediu para que o
parente ligasse para a família da menina, para saber notícias dela.
“O
Carlos entrou em contato com a família, para saber como estava a
situação e foi aconselhado a se apresentar na delegacia. Depois disso,
ele passou a noite de domingo escondido na mata”, disse o delegado Renan
Alves.
Nesta segunda-feira o rapaz resolveu se entregar. Segundo
o delegado, durante o depoimento, que durou boa parte de do dia, o
rapaz foi totalmente frio, não demonstrando sinal de arrependimento por
ter cometido o crime.
“Ele disse que estava sob efeito de drogas e
é usuário de crack. E, pelo que falamos com os policiais que foram ao
local onde estava o corpo, a forma de agir bate com a de uma pessoa sob o
efeito de drogas”, disse o delegado.
Apesar de confessar, Carlos
não foi autuado em flagrante. A Polícia Civil aguardava um mandado
judicial, para levá-lo para o Centro de Triagem de Viana.
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