Na Bahia, mãe tenta se recuperar da morte dos 3 filhos
A manicure Claudijane Miranda dos Santos, de 38 anos, se recuperava de
uma pequena cirurgia em um hospital de Salvador quando, na noite de 11
de novembro, recebeu um telefonema anônimo que a avisava sobre a morte
de seu filho caçula, Renê Miranda dos Santos, de 18 anos.
Sob
efeito de anestésicos, deixou o local em direção ao Instituto
Médico-Legal (IML). Como não achou o corpo do filho, pensou que se
tratava de um engano. O alívio, porém, durou pouco. Claudijane morava na
Rua Santa Tereza, no bairro de Águas Claras, chamado de Vietnã por
causa de conflitos entre traficantes. "Quando cheguei, a casa estava
aberta e toda revirada", diz. "Levaram TV, DVD, meus equipamentos de
trabalho, dinheiro, perfumes, documentos." Na manhã seguinte, o corpo de
Renê foi encontrado com marcas de tiros em um matagal na cidade vizinha
de Simões Filho.
Renê era o último filho vivo da
manicure. Os outros dois também haviam sido mortos. O primogênito,
André, em 2011, aos 20 anos, e Edvandson, em 2012, aos 17. Segundo
Claudijane, ninguém foi punido pelos crimes. "Não tenho mais motivos
para ser alegre", diz. "Todo começo de noite eu choro, para aliviar. E
rezo muito para ter forças para continuar."
Do Estadão
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